Profetas Mirins e a Decadência do Evangelicalismo Brasileiro: Um Chamado à Centralidade das Escrituras

Arlei Carvalho

5/2/202513 min read

Vivemos dias em que o evangelicalismo brasileiro se curva, não diante da majestade da Palavra de Deus, mas diante do espetáculo religioso, da infantilização do culto e da sedução do emocionalismo. Nos púlpitos outrora reservados à exposição fiel das Escrituras, vê-se agora a presença constante de crianças postas como oráculos divinos, figuras centrais de cultos onde a autoridade não emana mais da verdade revelada, mas da comoção popular. O fenômeno dos chamados “profetas mirins” não é um acontecimento isolado, mas um sintoma alarmante de uma enfermidade espiritual mais profunda: a substituição das Escrituras pelo sensacionalismo, da doutrina pelo desempenho, da maturidade pela ingenuidade manipulada.

Crianças, ainda em formação emocional, espiritual e moral, são alçadas às plataformas das igrejas e das redes sociais como instrumentos de supostas revelações, enquanto o povo de Deus, faminto por novidades, porém desnutrido da Palavra, as aplaude com lágrimas nos olhos, como se estivessem diante de um novo movimento do Espírito. Mas se há algo que precisamos discernir com urgência é que o Espírito Santo nunca agiu divorciado da Palavra de Deus, e qualquer movimento que despreze o ensino claro das Escrituras em favor de revelações extrabíblicas, sensacionais e centradas em experiências subjetivas, não é obra do Espírito de Cristo, mas uma deformação moderna da fé cristã.

"Mas se há algo que precisamos discernir com urgência é que o Espírito Santo nunca agiu divorciado da Palavra de Deus, e qualquer movimento que despreze o ensino claro das Escrituras em favor de revelações extrabíblicas, sensacionais e centradas em experiências subjetivas, não é obra do Espírito de Cristo, mas uma deformação moderna da fé cristã."

Este artigo pretende, a partir da cosmovisão Batista Reformada, analisar biblicamente esse fenômeno, diagnosticando-o como parte de uma crise eclesiológica profunda e crescente. Trata-se de um chamado urgente à igreja para que volte à centralidade das Escrituras como única regra de fé e prática. É um apelo pastoral para que pais, líderes e congregações resistam à tentação de buscar experiências em detrimento da verdade, e assumam sua responsabilidade diante de Deus, sobretudo na maneira como tratam e formam as próximas gerações.

A ascensão dos profetas mirins: o preço da espetacularização

A explosão da popularidade de crianças que se apresentam como profetas não pode ser compreendida apenas como um desvio litúrgico ou um modismo passageiro. Ela é o reflexo de uma profunda alteração na compreensão do culto, da revelação e da infância. Em muitas igrejas, especialmente nas de orientação carismática e neopentecostal, a autoridade espiritual passou a estar menos relacionada à Escritura e mais associada a manifestações visíveis e emocionais. Nesse contexto, a figura da criança, símbolo cultural de pureza, espontaneidade e inocência, torna-se uma ferramenta poderosa de comoção coletiva, sendo utilizada como canal de mensagens supostamente divinas, independentemente de qualquer critério bíblico ou doutrinário.

O que começou com casos isolados rapidamente se espalhou pelas redes sociais. Vídeos de crianças em tom autoritativo, com voz exaltada e discursos carregados de jargões religiosos, viralizam, recebem milhões de visualizações, e são aclamados como “prova viva de que Deus está levantando os pequenos”. Contudo, quando analisados com discernimento bíblico, tais discursos são, em sua maioria, repetições mal compreendidas de frases adultas, sem qualquer exposição das Escrituras, sem base exegética, e muitas vezes com erros doutrinários sérios. Crianças com microfones e ternos, imitando trejeitos de pregadores populares, se tornam símbolos de um novo tipo de ministério: o ministério da performance profética infantil.

Isso não é algo novo na história da igreja. Já em momentos anteriores, figuras carismáticas com pouca ou nenhuma formação foram levantadas como líderes espirituais, com base em sua eloquência ou em pretensas manifestações sobrenaturais. A diferença agora está na idade e na mídia. Vivemos na era da visibilidade, e uma criança que “profetiza” em tom convincente gera engajamento, atrai multidões e produz lucro. Por trás da aparência espiritual, há uma engrenagem de visibilidade, exploração e idolatria da experiência que deve ser denunciada com clareza.

Em vez de verem a infância como uma fase de ensino e formação no temor do Senhor (Deuteronômio 6:6-7), muitos líderes e famílias passaram a enxergar os pequenos como instrumentos espirituais de curto prazo, utilizados para alimentar uma cultura de impacto, emoção e espetáculo. Isso inverte completamente a pedagogia bíblica da infância. A Palavra de Deus nunca retrata a criança como mediadora da revelação, mas como destinatária do ensino: “Instrui o menino no caminho em que deve andar” (Provérbios 22:6). Cristo valorizou as crianças, não as como líderes do povo, mas como modelo de humildade e dependência (Mateus 18:3), e ao mesmo tempo reafirmou que o ensino deve ser centrado na verdade (João 17:17).

A ascensão dos profetas mirins, portanto, é mais do que um erro litúrgico. É a substituição da maturidade pela emoção. É a negação, prática e simbólica, da suficiência das Escrituras. E é, sobretudo, uma forma disfarçada de abuso espiritual e psicológico. Pois ao colocar sobre uma criança a responsabilidade de ser a “voz de Deus” para a igreja, impõe-se a ela um fardo que nem mesmo adultos plenamente formados conseguem carregar com segurança. O resultado? Crianças superexpostas, privadas de uma infância saudável, ensinadas a performar em vez de crer, e, no futuro, marcadas por frustração, confusão espiritual ou cinismo religioso.

O ministério profético no Novo Testamento: da revelação extraordinária à exposição fiel da Palavra

Para compreender corretamente a legitimidade, ou a ilegitimidade, das pretensões proféticas modernas, especialmente entre crianças, é indispensável recorrer ao ensino bíblico sobre o dom profético. No Antigo Testamento, os profetas eram instrumentos escolhidos por Deus para proclamar Sua vontade de forma extraordinária e direta, muitas vezes confrontando reis, corrigindo o povo e revelando eventos futuros. Sua palavra, quando verdadeira, era infalível e vinculativa. Já no Novo Testamento, especialmente durante o período apostólico, os profetas também desempenharam um papel relevante na edificação da igreja nascente, ainda sem Novo Testamento escrito. Contudo, esse ministério extraordinário sempre esteve ligado ao alicerce da igreja, os apóstolos e profetas (Efésios 2:20) e teve caráter temporário, cessando com o fechamento do cânon e o estabelecimento do fundamento doutrinário definitivo na pessoa e obra de Cristo, conforme revelado nas Escrituras.

Hoje, na era da revelação completa, o ministério profético não se manifesta mais como canal de nova revelação, mas como fiel proclamação daquilo que já foi revelado. A verdadeira profecia da Nova Aliança é a pregação expositiva da Palavra. Quando um pregador, chamado por Deus, capacitado pelo Espírito e devidamente preparado, abre a Escritura e a expõe com fidelidade, autoridade e humildade, ele está cumprindo uma função profética legítima: não trazendo algo novo, mas proclamando o que Deus já disse de forma viva, aplicada e eficaz. Como afirmou João Calvino, “Deus não fala do céu todos os dias, mas fala por meio das Escrituras, e quando elas são pregadas fielmente, é como se Ele próprio estivesse falando.” A centralidade do púlpito, não como lugar de exibição pessoal, mas de proclamação da verdade, é a continuação legítima da voz profética na igreja.

A pretensão de que crianças, sem qualquer maturidade espiritual, sem entendimento das Escrituras, e sem discernimento entre alma e espírito, possam ocupar esse lugar e falar em nome de Deus como se fossem novos Isaías ou Jeremias, não apenas carece de respaldo bíblico como também representa uma ruptura com toda a teologia reformada da revelação. Na lógica do Novo Testamento, os dons espirituais são dados “para o que for útil” (1 Coríntios 12:7), e nunca para autopromoção ou espetáculo. A exposição da Palavra, fiel, clara, ordenada, é o meio ordinário pelo qual Deus fala à sua igreja. É ali, na simplicidade do ensino bíblico, que o povo é edificado, e não nas comoções efêmeras de manifestações mirins.

Além disso, o próprio Novo Testamento nos chama à maturidade. Paulo escreve aos coríntios dizendo: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento. Na malícia, sim, sede crianças; mas adultos no entendimento” (1 Coríntios 14:20). A infantilização da liderança espiritual, seja literal ou simbólica, é contrária ao chamado apostólico à maturidade, ao crescimento, à solidez. O que precisamos não é de novos profetas mirins, mas de mestres firmes, pregadores piedosos, e igrejas que não abandonem o ensino doutrinário em nome da popularidade.

O colapso da autoridade bíblica e a crise do evangelicalismo brasileiro

O fenômeno dos profetas mirins não surge em um vácuo cultural ou teológico. Ele é fruto de um longo processo de esvaziamento da autoridade bíblica no meio evangélico brasileiro, especialmente nas últimas quatro décadas. À medida que muitas igrejas se distanciaram do ensino doutrinário sólido, da catequese cristocêntrica e da pregação expositiva, abriram espaço para um modelo de espiritualidade centrado na experiência pessoal, na espontaneidade emocional e na busca incessante por novidades espirituais. O que antes era construído sobre os fundamentos apostólicos e proféticos (Efésios 2:20), passou a ser construído sobre sensações, visões particulares e revelações informais. O resultado é um evangelicalismo marcado não pela centralidade da Palavra, mas pela fragmentação da verdade.

O apóstolo Paulo previu esse cenário com clareza quando escreveu a Timóteo: “Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2 Timóteo 4:3-4). A igreja que se entrega ao subjetivismo espiritual perde a capacidade de discernir entre verdade e erro. E quando o critério para se validar uma mensagem passa a ser o impacto emocional ou a idade do mensageiro, e não a conformidade com a Escritura, então qualquer voz que emocione pode ser confundida com a voz de Deus.

Essa condição se agravou com a explosão da mídia evangélica e a massificação do culto como espetáculo. A televisão, os palcos, as redes sociais e os algoritmos digitais passaram a moldar a teologia de muitos cristãos mais do que o estudo da Bíblia. Figuras carismáticas são promovidas ao status de oráculos divinos, não por sua fidelidade bíblica, mas por sua capacidade de comover, entreter ou viralizar. Em meio a essa cultura, o surgimento de “profetas mirins” é quase inevitável. Eles personificam tudo o que esse modelo valoriza: emoção, visibilidade, “pureza”, e a quebra da ordem natural do culto. Crianças emocionadas no púlpito rendem visualizações. Pregadores piedosos ensinando Gálatas verso a verso não.

Mas a verdadeira igreja de Cristo não pode se curvar à lógica do mundo. O culto cristão não é um palco. É um altar. Não é lugar de apresentação, mas de adoração. A Palavra de Deus não deve ser um acessório ocasional entre músicas e performances, mas o centro do culto. Quando igrejas estruturam seus cultos para agradar ao público e não para glorificar a Deus, a consequência inevitável é a troca da verdade pela estética, da doutrina pelo entretenimento. E, como bem escreveu D. A. Carson, “O que você ganha por meio de pragmatismo, você terá de manter por meio de pragmatismo.”

Há também uma realidade pastoral grave por trás de tudo isso: o abandono da responsabilidade de ensinar e proteger as crianças. Quando uma igreja permite que uma criança se torne porta-voz espiritual de adultos, ela não está honrando a infância, está negligenciando sua missão. É papel da igreja formar as novas gerações no temor do Senhor, conduzindo-as à maturidade pela exposição constante das Escrituras, não explorando sua ingenuidade para gerar experiências religiosas vazias. A fidelidade pastoral se mede não pelo número de experiências extraordinárias, mas pela constância no ensino da verdade.

“Quando uma igreja permite que uma criança se torne porta-voz espiritual de adultos, ela não está honrando a infância, está negligenciando sua missão.”

As consequências espirituais da infantilização do culto

As consequências do fenômeno dos profetas mirins são mais graves do que muitos líderes admitem. Por trás das palmas, lágrimas e euforia, esconde-se uma realidade devastadora tanto para as crianças quanto para a saúde da igreja. Quando o sensacionalismo ocupa o lugar da pregação fiel, o culto perde seu caráter formativo e se torna deformador. Quando a performance substitui a Palavra, a fé que nasce disso não é robusta, mas frágil. E quando a autoridade espiritual é colocada nas mãos de uma criança, o próprio conceito de ministério é desfigurado, abrindo caminho para abusos, manipulações e desilusões.

Para as crianças, a sobrecarga espiritual é insuportável. Uma criança não possui ainda estrutura emocional nem conhecimento bíblico suficiente para discernir entre verdade e engano, entre fé genuína e expectativa do público. Ao serem postas como porta-vozes de Deus diante de congregações inteiras, são sutilmente instruídas a performar, mesmo que inconscientemente, e a associar aprovação divina à resposta emocional das pessoas. Elas aprendem que sua espiritualidade está ligada ao impacto que causam, não ao caráter que possuem. E quando crescem, muitas dessas crianças enfrentam crises severas de identidade espiritual, sentindo-se fracassadas por não manterem o mesmo “nível” de unção, ou céticas, por perceberem que grande parte do que viveram foi induzido.

Para a igreja, a consequência é a confusão doutrinária. A centralidade da Escritura, base da fé reformada e fundamento de uma igreja saudável, é substituída por uma busca desenfreada por experiências. O púlpito, que deveria ser o lugar do ensino da Palavra, se torna um palco de emoções subjetivas. O povo, em vez de amadurecer na fé, vive em ciclos de euforia e frustração, sem raízes firmes em Cristo. A figura do profeta mirim, além de deturpar a teologia bíblica da infância, reforça uma espiritualidade mística e instável, que rejeita a suficiência da Escritura e busca novidades constantes como sinal de vitalidade espiritual.

O testemunho público da igreja também sofre. Em um mundo cada vez mais crítico e atento, a infantilização do culto e a exploração da figura da criança em ambientes que deveriam ser regidos por reverência e sabedoria apenas reforçam estereótipos negativos sobre a fé cristã. Em vez de proclamar ao mundo que Cristo reina, que a Escritura é suficiente, e que a fé cristã é racional, robusta e transformadora, esses espetáculos comunicam uma igreja desordenada, emocionalista e confusa.

A consequência mais grave, no entanto, é espiritual: quando a igreja se afasta da centralidade das Escrituras, ela se torna vulnerável à idolatria. Idolatria do dom, da experiência, da emoção, da figura infantil. E toda idolatria, por mais piedosa que pareça, desonra a Deus e desvia o coração do povo de Cristo. O Senhor jamais ordenou que buscássemos crianças como reveladoras de Sua vontade para o Seu povo. Ele nos deu Sua Palavra, plena, suficiente e viva. E nos chamou a formarmos nossas crianças para conhecê-la, não para substituí-la.

Um chamado pastoral à reforma: restauremos o lugar da Escritura

Diante de tudo isso, a igreja de Cristo precisa ouvir novamente o chamado à reforma. Não uma reforma estética, moral ou institucional, mas uma reforma doutrinária e litúrgica. Precisamos voltar ao que a Escritura nos ensina sobre culto, ministério e infância. Precisamos restaurar o púlpito como lugar de ensino fiel e reverente. Precisamos entender que a missão da igreja não é emocionar, mas edificar; não é entreter, mas discipular; não é viralizar, mas glorificar a Deus.

A resposta para o problema dos profetas mirins, e para tantos outros desvios contemporâneos, está na restauração dos meios ordinários da graça. A oração sincera. A leitura e exposição fiel das Escrituras. Os sacramentos corretamente administrados. A comunhão entre os santos. A formação teológica de pais, líderes e crianças. Nada disso atrai multidões instantaneamente. Mas é isso que, ao longo dos séculos, sustentou o povo de Deus com firmeza, sob perseguições, escassez e tentações.

A igreja não precisa de um novo espetáculo. Precisa de um novo compromisso com a verdade. E esse compromisso começa em casa, com pais que ensinam seus filhos com fidelidade e não os expõem em nome do “uso de Deus”. Começa nos púlpitos, com pastores que preferem ser fiéis a serem populares. Começa nas salas de aula, com mestres que formam caráter antes de liberar microfones. Começa nas decisões litúrgicas, com igrejas que rejeitam emocionalismos vazios e se rendem novamente ao poder transformador da Palavra.

Conclusão: permaneçamos naquilo que aprendemos

A ascensão dos profetas mirins não é uma mera anomalia curiosa da espiritualidade evangélica contemporânea. Ela representa o colapso de fundamentos essenciais do culto cristão e da doutrina reformada da revelação. Por trás da imagem de uma criança com um microfone está, muitas vezes, uma teologia do entretenimento, uma eclesiologia centrada no homem, e uma espiritualidade moldada por algoritmos e afetos, e não pela Palavra de Deus.

A igreja de Cristo precisa recuperar sua clareza. O culto não é um espaço livre para experiências desordenadas. É um encontro sagrado entre o povo redimido e o Deus santo. Nele, tudo deve ser feito com decência, ordem, reverência e verdade (1 Coríntios 14:40). E isso significa que o lugar de maior autoridade, o púlpito, deve ser resguardado para a exposição fiel das Escrituras por aqueles devidamente chamados, preparados e aprovados. Nossos filhos precisam ser ensinados, não expostos. Formados, não usados. Amados, não aplaudidos por aquilo que ainda não compreendem.

Como Batistas Reformados, não nos guiamos por experiências, mas por Escritura. Não nos emocionamos com qualquer voz, mas ouvimos com temor a voz de Deus nas páginas inspiradas. E não buscamos moveres estéticos ou fenômenos espontâneos, mas clamamos por fidelidade, santidade e verdade. A história da igreja prova que os avivamentos mais profundos não vieram de profetas mirins, mas de púlpitos firmes, igrejas sérias e lares piedosos.

Que possamos então rejeitar toda forma de distorção do culto, toda instrumentalização da infância, toda busca por glória vazia. E que voltemos com humildade e urgência àquilo que nunca deveria ter sido deixado: as Escrituras Sagradas, suficientes para tornar o homem de Deus perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2 Timóteo 3:16-17).

“Mas tu, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste” (2 Timóteo 3:14).

Oremos

Senhor nosso Deus,

tem misericórdia de nós, tua igreja. Perdoa-nos por termos abandonado tua Palavra, por termos trocado tua verdade por emoções passageiras, por termos exposto os pequenos em vez de ensiná-los.

Traz-nos de volta ao temor do teu nome, à centralidade das Escrituras e à beleza simples do evangelho de Cristo.

Dá-nos corações arrependidos, olhos abertos e pés firmes na verdade. Que sejamos, por tua graça, um povo que ama tua Palavra mais do que aplausos, que forma discípulos e não personalidades das redes sociais, e que vive para tua glória, não para a nossa.

Em nome de Jesus, amém.